Dizem “eu amo”!
Dizem “eu amo”!
Dizem alguns e algumas por aí...
Mas será que amam mesmo ou é algo tão passageiro como a nuvem enegrecida que descarrega sobre a terra aquilo que lhe dá vida?
A nuvem também devia amar a chuva.
Também devia amá-la verdadeiramente carregando em si o fardo
daquele peso e daquele negrume...
Mas quem diz que ama, também é assim...
Também foge e se acovarda, também descarrega sobre os outros
a coisa tão amada e desejada de que tanto tempo gastou a falar e a investir!
Continuarão a dizer “eu amo” mesmo que esse momento febril passe!
Vão sempre dizer “eu amo” de pessoa em pessoa, até que o momento da vida não os permita mais ser nuvem... não os permita mais ser nuvem passageira que escolhe estrategicamente onde quer despejar suas águas molhadas...
Muitos continuarão a amar as gotas de outra nuvem, por serem mais brilhantes e mais azuis, porém viverão com aquela que se privou de soltar suas gotas para contemplar os dias de sol.
Chamam-lhe natureza mas eu chamo-lhes decepção!
Há quem diga que é amizade, eu acho que é indecisão!
Uns dizem que é por causa da solidão, mas eu sinceramente acho que é mais aquele ditado: “se não há gato, caça-se com cão”!
Chamem o que quiserem mais no mundo dos afectos,
No mundo das emoções...
Não sei se é do novo século ou do confronto de gerações...
Uma bola de neve anda num turbilhão a mudar valores, sentires e sabores!
A verdade é que isto é um corrossel de confusões...
Porque quem ama, devia amar sempre
Em todos os momentos ou ocasiões
Porque amar é intemporal...
E não devia haver nada nem ninguém que pudesse mudar isso...
Porque quem ama devia amar eternamente
Com aquele sentido apurado de continuar a querer o bem do outro mesmo
Que esse outro já não faça parte da sua vida como dantes!
As gerações andam perdidas, o tempo não pára!
Já não há mais seguranças porque se quebraram todas as regras...
O medo do ontem aterroriza o presente das almas sozinhas e
A dor de agora encurralará os corações dantes emancipados...
São as incertezas, os mares e os ventos agora descontrolados!
O universo já não faz ecoar os sons de outrora porque a solidão
Já faz ecoar suficientemente os gemidos da loucura...
E as pessoas dantes ainda amavam e suportavam a dor desse amor!
Hoje, que os sons soam a silêncio vivemos com medo do toque,
Das relações...
E enfiamo-nos em cápsulas protegidas donde só saímos quando temos
A garantia de não estarmos expostos aos perigos...
E vivemos nessa carapaça, livres dentro dessa prisão
Que tranca nossos sonhos e nossos desejos,
Nossos devaneios, nossa alma de tamanha contradição.
Dizem “eu amo”! Será que amam mesmo?
2-2-2010
Dizem alguns e algumas por aí...
Mas será que amam mesmo ou é algo tão passageiro como a nuvem enegrecida que descarrega sobre a terra aquilo que lhe dá vida?
A nuvem também devia amar a chuva.
Também devia amá-la verdadeiramente carregando em si o fardo
daquele peso e daquele negrume...
Mas quem diz que ama, também é assim...
Também foge e se acovarda, também descarrega sobre os outros
a coisa tão amada e desejada de que tanto tempo gastou a falar e a investir!
Continuarão a dizer “eu amo” mesmo que esse momento febril passe!
Vão sempre dizer “eu amo” de pessoa em pessoa, até que o momento da vida não os permita mais ser nuvem... não os permita mais ser nuvem passageira que escolhe estrategicamente onde quer despejar suas águas molhadas...
Muitos continuarão a amar as gotas de outra nuvem, por serem mais brilhantes e mais azuis, porém viverão com aquela que se privou de soltar suas gotas para contemplar os dias de sol.
Chamam-lhe natureza mas eu chamo-lhes decepção!
Há quem diga que é amizade, eu acho que é indecisão!
Uns dizem que é por causa da solidão, mas eu sinceramente acho que é mais aquele ditado: “se não há gato, caça-se com cão”!
Chamem o que quiserem mais no mundo dos afectos,
No mundo das emoções...
Não sei se é do novo século ou do confronto de gerações...
Uma bola de neve anda num turbilhão a mudar valores, sentires e sabores!
A verdade é que isto é um corrossel de confusões...
Porque quem ama, devia amar sempre
Em todos os momentos ou ocasiões
Porque amar é intemporal...
E não devia haver nada nem ninguém que pudesse mudar isso...
Porque quem ama devia amar eternamente
Com aquele sentido apurado de continuar a querer o bem do outro mesmo
Que esse outro já não faça parte da sua vida como dantes!
As gerações andam perdidas, o tempo não pára!
Já não há mais seguranças porque se quebraram todas as regras...
O medo do ontem aterroriza o presente das almas sozinhas e
A dor de agora encurralará os corações dantes emancipados...
São as incertezas, os mares e os ventos agora descontrolados!
O universo já não faz ecoar os sons de outrora porque a solidão
Já faz ecoar suficientemente os gemidos da loucura...
E as pessoas dantes ainda amavam e suportavam a dor desse amor!
Hoje, que os sons soam a silêncio vivemos com medo do toque,
Das relações...
E enfiamo-nos em cápsulas protegidas donde só saímos quando temos
A garantia de não estarmos expostos aos perigos...
E vivemos nessa carapaça, livres dentro dessa prisão
Que tranca nossos sonhos e nossos desejos,
Nossos devaneios, nossa alma de tamanha contradição.
Dizem “eu amo”! Será que amam mesmo?
2-2-2010
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