Des(afectos)

Tenho tanta vida em mim erguida,
Tanta sede de dar e viajar em mim mesma,
Que me perdi em desafectos,
Que me desfaço em bocados
Desta viagem que faço sem saber para onde vou...

Viajo em mim mesma,
Percorro-me, transformo-me,
E desconheço-me!

Levaram-me o toque, a ternura.
Aquele jeito singelo de quem sente
E passou a ser pó, toda eu sonâmbula...

Desafectos e mais desafectos!
Sentir que não sinto nada...
Não ouço a maior gargalhada
Nem rio com a maior piada...

Desafectos... alma talhada!

Desafectos, estou certa...
Sou desafecta e parto sem direcção na vida absoleta...
Desafectos para sempre... deixei de ser crente!

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