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A mostrar mensagens de março, 2011

Heart of Stone

Vou tatuar no meu corpo todas as feridas do coração! Os buracos negros rasgados e sem fundo. Vou tatuar as marcas do tempo que não passa E a nostalgia solitária que me invade quando essas feridas me torturam. Vou tatuar o bico dessa espada apontado ao meu peito E vou desenhá-lo tão perfeitamente para que sintas a culpa a correr-te nas guelras E que te martirizes sozinho na consciência que fores tomando de ti e dos teus actos, Talvez na velhice ou na solidão. E no fim, vou tatuar-te num caixão branco Para que não ouses jamais ferir corações em vão, Para que o teu silêncio seja ainda mais silencioso E que o teu coração se torne NADA, E que morra da mesma forma com que friamente mataste o meu: APUNHALADO!

Eu sou assim...

Eu sou assim E tudo o que sou faz parte de mim! Não posso empurrar a culpa como forma de desculpa Para o meu jeito de ser! Mas sei com toda essa certeza Que a razão desse sofrer Se deve a você! Mas é somente minha culpa, É por minha grande culpa Que fico reinventando você. E aá... é quando meu coração chora E fico pensando ir embora Evitando esse viver. E te pressinto ainda tão perto Que meus medos despertam ao anoitecer! É minha culpa! É por minha grande culpa Que você vive morando em mim Porque fico esperando, Te querendo, reinventando, Pensando que um dia poderia mudar você! É minha culpa! É por minha grande culpa... Que me mato, me sufoco quando acredito nesse Amor! E me atormento quando espero ouvir sua voz... E no vazio, não resta mais do que o silêncio! É minha culpa! É por minha grande culpa Que habito fechada, longe da multidão, Que me escondo, me desconheço, me entristeço Para sarar meu coração. Diga! Diga que é minha culpa! E paro de inventar desculpa para esse amor sem luga...

Silêncio

Vivo assim sufocada Por este tudo, por este nada! Este sufoco que me persegue Que me faz dar tantos nós à garganta, O sufoco forte que se ergue, Que se levanta, Que grita e depois chora... Vivo assim: talhada! Coração mole, ferida aberta. Corpo que caminha na rota incerta. Talhos que me golpeiam a toda a hora, E quanto mais sofre, mais se recusa ir embora. E sofro sufocada e talhada nas encostas do tempo E cada ilusão é meu tormento, Cada pedaço de saudade, a minha morte, a minha Sorte! Sufoco no meu próprio grito de socorro E quanto menos quero fugir, Mais depressa corro, corro e corro... Sufoco quando rejeito viver E lanço no ar tudo o que tenho Sem me importar se fico a ganhar ou a perder! Sufoco quando tenho sede da vida E sufoco quando invento um foco, uma fuga Para evitar viver essa vida tão merecida!