Não vou por ai... Já disse que não vou! Não concordo contigo... Já disse que não concordo! Tenho a minha razão que não me mente E sinto este coração, Ribeira fria e mão de punho quente! Sou rebelde do mundo, sou-o em mim e entre a gente Sou adulta, sou mulher Sou garra de vitória, serpente sem medo, Leão da gloria na selva do tempo. Sigo trilhos e caminhos construidos por mim mesma, Construo jangadas de pedra que não afundam E viajo na minha própria consistência Mostrando ao mundo essa convicçao que me sustém. Construo castelos e realizo pontes Sem medo dos ventos e tempestades. E sigo avante, nariz empinado Como se levasse no mastro A bandeira antecipada da vitória. E levo no peito a insignia da missão cumprida E na minha casa sou homem, mulher, criança e menina! As vezes visto a saia de quando era pequenina Mas a vida faz-me, por vezes, vestir calças de braguilha bem cumprida!